Quão estreito é o limite entre nós.
Vivo no teu
universo.
Respiro e me
alimento do que é teu
E gravito,
dentro de ti,
Como um
astronauta.
Eu sonho
com a vida lá fora.
Me atento
aos ruídos externos.
Tudo é vida – dentro e fora de mim.
Não me culpes. Quero viver!
Deixa-me,
portanto, sonhar com o amanhã.
Não te deixes levar pelas ideias
tortas de liberdade.
Não tenho como contrapô-las.
Lei dos
homens. Lei da Natureza.
Uma mutável. A outra, não.
Lembra-te: somos
homens, biológicos,
Sentimos
dor, temos sentimentos.
Quer-me bem
por um momento!
Mãe, não quero nascer antes do tempo
Até porque não sei se consigo viver.
Deixa-me
aqui, no seu quentinho.
Dá-me mais tempo para crescer.
Lei dos
homens, penso uma vez mais.
Mas eu sigo
a lei da Natureza: Nascer.
Se minha
vida terminar naturalmente,
É porque eu não tinha que ser.
No mais, quero
viver!
Antes pensa em como será amanhã,
Sem teu
amigo que se foi, que não é mais.
Não há vazio mais triste nesta vida.
É triste e dói,
Mesmo sendo
permitido,
Não há lei que apazigue a dor de um pequeno
coração ferido.
Frederico Ferreira
coração ferido.
Frederico Ferreira
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