quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Joana D'Arc

Das vozes que dos ventos sopram,
Das forças que da Terra brotam,
Campos de flores e perfumes,
Da treva que valoriza o lume,
Surge missão divina, de liberdade
A provar da Santa a lealdade.

Armadura de fé
Espada de confiança
Pôs-se logo de pé
Exercendo liderança.

Sem intenção de poder ou fama,
Fez da luta sua dedicação.
Fez-se mártir, Santa Joana
Iluminada por divina inspiração.

Sem temer o futuro ou destino,
Na fogueira foi queimada.
Com o fumo, sua Alma foi subindo,
Mas deixou sua semente plantada.

Qualquer bom propósito na vida é importante.
Pega tuas armas. Sê relevante,
Independentemente do que se tem de resultado,
As forças do bem estarão ao teu lado.
Eleva, portanto, o coração e o pensamento.
Faz de ti, da vida, um instrumento.

Frederico Ferreira.


segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Notre-Dame de Paris

Dos símbolos milenares, das formas seculares,
De sinos e criptas e torres e altares
És esplendor vivo. — Criação exuberante!
A apontar para o céu de estrelas cintilante.

És muro de pedra entalhada,
— Trabalho, paixão e dor —
Que do cinzel se fez arte revelada.
Minúcias e complexidades da Alma
A reverenciar o Criador e a Mãe do Salvador.

Vitrais que difundem Luz
Como espectros que nos acompanham.
Que fazem cultivar a Fé
Que brota nos pés da Cruz.

Joelhos que se curvam,
Corações que transbordam
Preces que alcançam as alturas
Como suspiros que sobem ao céu.

São olhares esperançosos
Que refletem a luz das velas.
São corações miúdos, como pequenas capelas
A entoar cânticos ao Senhor.

És a semente da Cidade Luz,
Marco zero da Luminosidade.
Fanal de almas que buscam a Verdade
A tatear, na treva da matéria,
Os passos abençoados de Jesus.


Frederico Ferreira