quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Poema Triste

Este poema é para ser triste. 
Triste como um adeus. 
Doído como lágrimas que brotam tristes nos olhos 
E que tombam, perdidas e doídas, 
Como corpos que não vivem mais. 

Este poema é para servir como memória, 
Como flores que um dia embelezaram canteiros, 
Que perfumaram entardeceres, 
Enamoraram corações. 

Este poema é para celebrar cada pétala 
Que se desprende. 
Seca de vida. Amarela e leve 
Como a alma que se eleva, 
E que busca, na brisa da noite e 
Na renovação de tudo o que se transforma, 
A sua Eternidade. 

Frederico Ferreira 
Tulum, México