Na pequena banca de hortaliças, um homem simples trabalha.
Ignoramos o valor de tudo aquilo.
Para nós, a alface sem rótulos, a couve nua em seu molho
Chegam como se tivessem sido todas cultivadas em um único dia.
Não enxergamos ali a semente nem a terra.
Não vimos molhar aquelas folhas a chuva nem o suor.
Não sentimos o vento que trouxe o sereno e o Sol, a luz.
E, no entanto, como são lindas e completas aquelas ramas!
Que paixão enorme pela vida poder saciar a fome de um povo.
O vendedor de hortaliças aprende as lições com a Natureza.
Ele tem seus pés fixados na terra, porque dela vive.
Na Natureza, tudo tem o seu tempo.
Sem a nossa intervenção, tudo acontece.
Uma simples hortelã é capaz de subjugar o desejo de um Homem.
Frederico Ferreira
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