Eu caminho
sozinho pelos desertos de minh’alma.
No meio
dele, dunas imensas,
Paixões imensuráveis,
Que se
movimentam à força dos acontecimentos.
Meu deserto
sou eu.
Um livro
marca o roteiro que conduz ao objetivo.
As dunas se
movimentam.
Não obstante, quando olho para trás,
Vejo todos
os meus passos – meu passado!
É ele que me
afasta de meu destino.
II
Eu não posso temer cruzar as minhas vastidões.
Não me pode vencer o cansaço de descortinar-me.
Guardo
comigo histórias dos que já estão adiante na descoberta de si.
Eles me
inspiram e dão-me confiança à cada passo.
III
Oásis, oásis múltiplos!
Ilhas de
esperança e refazimento
desde os confins de minha história.
Deixa-me
refrescar as feridas d’alma em tuas águas claras
Enquanto o
vento brando
Recupera
reminiscências e a
confiança.
Já ouço a voz consoladora do Rabi,
Contemplo a
beleza dourada dos lírios;
Assombra-me
a fé miúda e forte,
Sinto a amizade
e o amor puros.
Ao pé de Ti Mestre,
Tudo é recomeço, esperança
E
continuidade.
Frederico Ferreira
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