segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Trajetória II

I

Eu caminho sozinho pelos desertos de minhalma.
No meio dele, dunas imensas,
Paixões imensuráveis,
Que se movimentam à força dos acontecimentos.

Meu deserto sou eu.

Um livro marca o roteiro que conduz ao objetivo.
As dunas se movimentam.
Não obstante, quando olho para trás,
Vejo todos os meus passos meu passado!

É ele que me afasta de meu destino.

II

Eu não posso temer cruzar as minhas vastidões.
Não me pode vencer o cansaço de descortinar-me.
Guardo comigo histórias dos que já estão adiante na descoberta de si.
Eles me inspiram e dão-me confiança à cada passo.

III

Oásis, oásis múltiplos!
Ilhas de esperança e refazimento desde os confins de minha história.
Deixa-me refrescar as feridas dalma em tuas águas claras
Enquanto o vento brando
Recupera reminiscências e a confiança.

Já ouço a voz consoladora do Rabi,
Contemplo a beleza dourada dos lírios;
Assombra-me a fé miúda e forte,
Sinto a amizade e o amor puros.

Ao pé de Ti Mestre,
Tudo é recomeço, esperança
E continuidade. 

Frederico Ferreira

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