sábado, 28 de outubro de 2017

O futuro

Eu não posso deixar de crer no futuro. 
Não é a desfaçatez dos políticos, 
A personificação da arrogância e do egoísmo 
Ou mesmo aqueles 
Que se julgam acima dos outros 
Que importa. 
Estes passarão, talvez humilhados pela história, 
Pelo apagar dos séculos passados. 
Poeira no chão de estrelas! 

Não é o homem animalizado pelo imediatismo, 
Enlouquecido pelo fanatismo à sua felicidade, 
Que decide com base no instante 
Que importa. 
Como em toda colheita, 
Este será preso no futuro pelo cárcere de sua consciência 
- Ou de sua loucura. 

Não são discussões de gênero ou de raça, 
Partidos políticos, 
Dissensões com base em políticas econômicas, 
Liberdade de expressão, igualdade de direitos, 
Muletas de propaganda e ascensão social, 
Sem qualquer contrapartida de dever 
Ou responsabilidade 
Que importam... 
Erramos na transitoriedade, em busca do que nos falta 
Levados pela maioria ou por nossa invigilância. 

No entanto, o futuro está aí! 
Bate à nossa porta como uma visita importante 
E nos convida a mudar. 
Não posso deixar de crer nele. 
Ele vive no coração daqueles que já fazem a sua parte. 

Ele mora nos braços do trabalhador 
Que confia na capacidade de seu sustento; 
No coração amável dos enfermeiros 
Que envolvem com seus cuidados desconhecidos; 
Ele brilha na mente do professor 
Que ilumina com seu pensamento 
O caminho de seus tutelados; 
Ele mora no sorriso simples de uma criança 
Que não consegue entender a fome, 
A miséria 
E a guerra. 

O futuro bate à nossa porta. 
Demos mais de nós para transformar o amanhã. 
Sejamos o melhor que pudermos.
Gravemos nos livros de história a nossa paixão 
Com no nosso suor e nossas lágrimas. 

Frederico Ferreira

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