Diante de mim, a estrada imensa,
O tempo infinito.
Eu, corredor nas transmigrações, de alma imortal.
Sou eu quem escolhe os caminhos.
Regulo minhas passadas para chegar ao objetivo.
É o ritmo dos sentimentos que imprime a força
— Da vontade e do corpo —
Para traspor os obstáculos.
Não adianta fixar-me na dor,
No arfar de cansaço ou no
Silêncio, neste abandono
De quem se distancia de tudo,
Imerso em pensamentos
A escutar apenas as próprias passadas
E pouco observando ao redor,
Mas com muita atenção em mim mesmo.
Às vezes preciso de música
Para impulsionar-me neste imenso deserto;
Às vezes, simplesmente, a vontade de vencer.
Vencer o corpo e a alma,
Disciplinando-me.
E convertendo vontade em distância,
E superando em mim os obstáculos,
Para cruzar, com êxito,
A linha de chegada.
Frederico Ferreira
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019
Limite
Fecho meus olhos.
Quero estar longe destas paredes,
E desta janela medíocre para o mundo:
Da tela plana silenciosa,
Inodora e insensível do computador.
Meus olhos desejam ver Imensidão.
Quero de novo sentir a maresia
Invadindo meu peito.
A areia, na sua rudeza doce,
A envolver os meus pés.
Atrás de mim quero ter a Serra do Mar.
Parede enorme, no entanto, transponível.
Com cores, densidades e bichos e
Cachoeiras de água fria e
Pedras, muitas pedras.
Nada disso, porém, parece tão imenso,
Tão intransponível quanto estas paredes brancas
E esta outra janela do escritório que, todas as manhãs,
Inunda meus olhos com a luz do Sol.
Nesga de luz e pouco de mata de jardim
Como um quadro vivo ao lado.
Frederico Ferreira
Quero estar longe destas paredes,
E desta janela medíocre para o mundo:
Da tela plana silenciosa,
Inodora e insensível do computador.
Meus olhos desejam ver Imensidão.
Quero de novo sentir a maresia
Invadindo meu peito.
A areia, na sua rudeza doce,
A envolver os meus pés.
Atrás de mim quero ter a Serra do Mar.
Parede enorme, no entanto, transponível.
Com cores, densidades e bichos e
Cachoeiras de água fria e
Pedras, muitas pedras.
Nada disso, porém, parece tão imenso,
Tão intransponível quanto estas paredes brancas
E esta outra janela do escritório que, todas as manhãs,
Inunda meus olhos com a luz do Sol.
Nesga de luz e pouco de mata de jardim
Como um quadro vivo ao lado.
Frederico Ferreira
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