Os galhos das Araucárias
São o berço de minha alma apaixonada.
Elas são a imponência viva
Da Serra interminável da Mantiqueira.
Eu, da Vila indômita do Piquete,
Paulista, porém "mineiro cansado" de nascença,
- O que me confere dupla cidadania –
Observo de longe a Grande Muralha
De onde meu coração suspira lembranças da mocidade!
Oh! Quantas tardes a viajar olhando tudo aquilo.
A imaginar, de longe, o pranto
Que conduz suas frias lágrimas
No doce correr das cachoeiras!
E eu, que já pensei que essa contemplação seria para sempre!
Para quase sempre, sem dúvida,
Porque a vida dos mortais muda,
Enquanto a Terra conta Eternidades.
Contigo ao largo,
Nem precisaríamos elevar o pensamento ao Alto
Para perceber o quanto tudo é grandioso:
Desde sua sombra que se projeta por todo o Vale
Até a noite muda que desvela galáxias infinitas!
Enquanto tiver voz, cantarei a ti, Serra amiga.
E lembrarei sempre do entardecer dourado,
Da riqueza emoldurada em formas,
Maravilhosa Musa do Vale!
Beleza inefável de cores e de Vida.
Gonçalves, MG
Frederico Ferreira
Lindissima exaltação a esse monumento da Natureza, que pouca vez foi cantado com tanto sentimento. A Mantiqueira é como a mãe protetora da gente do vale.
ResponderExcluirObrigado Paulo. Ela é tão linda que suscitaria escrever outros tantos poemas em sua homenagem. Eu estava lá, no seu seio. Seu encanto suave falava aos meus sentidos.
Excluir