sábado, 20 de maio de 2017

Mantiqueira, musa do Vale

Os galhos das Araucárias
São o berço de minha alma apaixonada. 
Elas são a imponência viva
Da Serra interminável da Mantiqueira.

Eu, da Vila indômita do Piquete,
Paulista, porém "mineiro cansado" de nascença,
- O que me confere dupla cidadania – 
Observo de longe a Grande Muralha
De onde meu coração suspira lembranças da mocidade!

Oh! Quantas tardes a viajar olhando tudo aquilo.
A imaginar, de longe, o pranto
Que conduz suas frias lágrimas
No doce correr das cachoeiras!

E eu, que já pensei que essa contemplação seria para sempre!
Para quase sempre, sem dúvida, 
Porque a vida dos mortais muda, 
Enquanto a Terra conta Eternidades.

Contigo ao largo, 
Nem precisaríamos elevar o pensamento ao Alto 
Para perceber o quanto tudo é grandioso:
Desde sua sombra que se projeta por todo o Vale
Até a noite muda que desvela galáxias infinitas!

Enquanto tiver voz, cantarei a ti, Serra amiga.
E lembrarei sempre do entardecer dourado, 
Da riqueza emoldurada em formas, 
Maravilhosa Musa do Vale!
Beleza inefável de cores e de Vida. 

Gonçalves, MG

Frederico Ferreira

2 comentários:

  1. Lindissima exaltação a esse monumento da Natureza, que pouca vez foi cantado com tanto sentimento. A Mantiqueira é como a mãe protetora da gente do vale.

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    1. Obrigado Paulo. Ela é tão linda que suscitaria escrever outros tantos poemas em sua homenagem. Eu estava lá, no seu seio. Seu encanto suave falava aos meus sentidos.

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