Caminhos distintos separam agora aquelas três almas.
Ao largo da Avenida de dois sentidos,
Em cada um dos lados um carro parado
Preparando-se para o reencontro.
Não era o canteiro ao centro que os separava,
Nem a entrada para o retorno que os unia.
Tudo ali era separação.
A distância, incalculável.
Um misto de desolação e amargura.
Não era possível sequer o contato visual entre eles,
Aqueles do tipo olho no olho.
Os sonhos de outrora transformaram-se em pesadelos.
Não se imaginaria ali um casal que amou, dormiu e acordou junto.
A criança no banco do passageiro era a única coisa que passaram a ter em comum.
Caminhos opostos e um canteiro nu, frio, de pedra e ferro.
Não há flores nos canteiros da solidão.
Frederico Ferreira
Melankolia sceno, bela en sia tragikeco.
ResponderExcluirLa lasta verso estas vera perlo!