O que parece ser a Democracia?
Fim e não meio?
Gostaria que fosse,
Porém, aquele conto de fadas que todos escutam
E almejam sua materialização,
Não é senão motivação filosófica para que
Poucos comandem muitos,
E que, a favor do que se acostumou chamar de “bem comum” – que quem afinal? –
Somos obrigados a obedecer cegamente.
A Democracia não é apanágio de leis,
De emaranhados de conceitos
Em que poderosos se apoiam para justificar
Benefícios, solturas
De prisioneiros,
Aumentos de seus próprios salários.
Não! Democracia é vontade da maioria,
Seja ela absoluta ou não.
Eu ouço conversas de gente espantada.
Como entender, portanto, estes acontecimentos?
Como ficar neutro e deixar correr o sangue
Misturado com lágrimas,
A vista turva embrulhada pela treva do negativismo,
Apenas atingida pelos raios do porvir
Que, pelos ocorridos recentemente, nada trouxeram senão
Trevas e tempestade,
Confrontos e um país dividido.
Como somos manipulados!
Como somos obrigados a crer nesta verdade demagógica e absurda,
De que os Poderes estão lá para nos representar!
E somos milhões!
Milhões de árvores secas que estagnaram
No solo bravio da indiferença.
Frederico Ferreira
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