Elas mesmas, cuidem de si.
Embora estejam em nossos canteiros,
Elas não nos pertencem.
São sementes de esperança, beleza e
Perfume,
Que vencem sozinhas a rudeza do solo,
A violência das pragas,
O desgaste das intempéries.
Assim também é com os pássaros,
Flores libertas
Que, no lugar de perfume,
Entoam cantos, celebrando a liberdade.
Na vida, tudo tem a sua força,
Tudo tem a sua hora.
Nada de querer antecipar o desabrochar de botões;
Nada de querer ensaiar o abandono prematuro dos
ninhos.
Porque assim como o perfume dorme na semente que
eclode,
A liberdade ganha espaço nas asas que se abrem,
cuidadosas,
Para o amanhã.
Frederico Ferreira
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