De todas as horas,
De todas as palavras,
A que mais me toca agora é Renovação.
Não há como deixar de perceber as pétalas
Que secam, renovando-se.
Não há como não celebrar a vida nova
Que se espraia no vermelho vivo,
No verde forte e ao mesmo tempo
Suave das folhas que renascem.
Basta apenas um novo dia,
A brisa que sopra alimentando de vida.
Oh! Como é necessário que esta mesma brisa
Nos distancie do que é ruim,
Das folhas velhas e gastas,
Endurecidas pelo tempo,
Rugosas e ásperas às vezes
Como experiências caducas ou mal vividas,
Como lembranças de holocaustos e de dores,
Ainda que para trazer à vida perfume.
É a força de viver que convida o que é ruim e velho
A cair
E a renovar-se em outro canto,
Ainda que nada se perca
Visto que a flor continue do velho renovado
A se nutrir.
Frederico Ferreira
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